Brasil: Censo diz que cidades médias estão em ascensão



A proliferação das cidades médias é uma das grandes conclusões do recenseamento à sociedade brasileira, realizado em 2010 e que confirmou ainda o Brasil como tendo um padrão de País desenvolvido.

A Veja dá como exemplo desta nova força das cidades médias a localidade de Rio das Ostras, município da Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Em dez anos, a população local saltou das 36.419 para as 105.575 pessoas, um avanço de 190%.

A cidade foi fundada em 1992 e, desde então, uma série de investimentos em infra-estruturas transformou por completo o lugar.

Outro dos exemplos deste fenómeno é Sumaré (SP), o segundo maior município da região metropolitana de Campinas. Na última década, a população da cidade cresceu 22,6%, passando de 196.723 para os 241.311 habitantes.

Consulte esta reportagem especial da Veja sobre a força das cidades médias.

E escreve a Veja: “Rio das Ostras e Sumaré são parte de uma mudança histórica no padrão de desenvolvimento brasileiro, tradicionalmente concentrado nas capitais. O crescimento das cidades médias significa a chance de desinchar as regiões metropolitanas e, também, de melhorar a distribuição de riqueza pelo território nacional: a profusão de cidades médias dá-se em todas as regiões do país”.

De acordo com a Veja, o Sudoeste lidera este ranking muito específico, com 122 cidades médias, sendo que 24 delas surgiram nos últimos dez anos. Segue-se o Nordeste, que passou de 37 para as 47 cidades médias e o Norte, que agora tem 18 (eram 12), e o Centro-Oeste, que passou de nove para 14.

Outras das conclusões do estudo indica que o Brasil teve, na primeira década do século XXI, a menor taxa de crescimento populacional desde 1872, quando foi realizado o primeiro censo.

Entre 2000 e 2010, a população brasileira cresceu 1,17% ao ano, uma taxa que equivale a praticamente um terço da registada na década de 1950.

Segundo a Veja, esta é uma boa notícia, uma vez que o menor crescimento demográfico é resultado de uma drástica queda na taxa de fecundidade – de 5,8 filhos por mulher em 1970 para 1,8 actualmente – o que significa que a população mais educada, com mais acesso a informação e serviços de saúde. “Um conjunto de indicadores que aproxima o Brasil dos países desenvolvidos”, conclui a Veja.





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