Brasil lidera ranking de mortes de activistas ambientais em 2015



Cinquenta activistas ambientais brasileiros morreram, em 2015, a tentar defender as suas comunidades contra a desflorestação, caça ilegal, exploração mineira, projectos industriais ou outras acções ligadas à sustentabilidade.

Segundo um ranking da Global Witness, o Brasil lidera uma lista onde estão as Filipinas (33 mortes), Colômbia (26), Peru e Nicarágua (12), Congo (11), Guatemala (10), Honduras (8) ou Índia (6). Não existe nenhum país europeu no ranking.

No total, morreram 185 activistas em 16 países, um aumento de 59% em relação aos números de 2014. Foi, por outro lado, o ano mais violento desde 2002, de acordo com o líder da Global Witness, Billy Kyte, também autor do relatório.

De acordo com a ONG, muitos destes conflitos têm como pano de fundo investimentos ocidentais em locais preservados. Um exemplo: bancos de desenvolvimento holandeses e finlandeses ajudaram a financiar a barragem de Agua Zarca, um projecto que destruirá um rio sagrado para os povos indígenas lenca, nas Honduras. Na sequência dos protestos, Berta Caceres, uma mulher desta tribo que recebeu o Goldman Environmental Prize de 2015, foi assassinada depois de vários anos de ameaças.

Foto: Eugeniy Golovko / Creative Commons

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