Brasil: Protesto nas redes sociais retira de circulação colecção de peles da Arezzo



A colecção Pelemania, recentemente lançada pela Arezzo, foi retirada do mercado na sequência do protesto de milhares de pessoas nas redes sociais, especialmente no Twitter, alerta a imprensa brasileira.

A colecção, que utilizava peles de raposa e coelho, estava a ser promovida como sendo o “hit glamouroso da temporada”, que “não pode faltar ao guarda-roupa da fashionista”. Mas não durou nem uma semana.

“A Arezzo entende e respeita as opiniões e manifestações contrárias ao uso de peles exóticas na confecção de produtos de vestuário e acessórios. E, por respeito aos consumidores contrários ao uso destes materiais, estamos a recolher em todas as nossas lojas do Brasil as peças com pele exótica em sua composição, mantendo somente as peças com peles sintéticas.”

No Twitter, as hashtags #Arezzo e #pelemania estiveram entre as mais comentadas dos últimos diasos, sendo a grande maioria dos comentários negativos.

“Casacos de pele em pleno século XXI, no auge da sustentabilidade… Muito estratégico”, dizia um utilizador do Twitter. Aliás, os utilizadores das redes sociais continuaram a criticar a Arezzo mesmo depois do anúncio de que a marca iria retirar a colecção Pelemania das lojas: “A Arezzo tirou a Pelemania da circulação, mas os animais continuam mortos”, comentava-se no Twitter.

Veja aqui os comentários da activista Nina Rosa sobre esta polémica.

No comunicado oficial, a marca alegou que as suas peças seguiram todos os formalismos legais e certificações, pelo que não entende esta polémica como sendo da sua responsabilidade. Aliás, no site da marca já não é possível encontrar nenhuma referência à colecção, apenas a produtos feitos a partir de pele sintética.

A assessoria de imprensa da marca revelou que 90% da linha é feita com pela sintética, e que apenas numa bolsa foi utilizada pele de raposa. Há também a utilização de pele de coelho em detalhes de calçado da colecção.

“Não entendemos como nossa responsabilidade o debate de uma causa tão ampla e controversa”, diz ainda a nota. Veja-a aqui.





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...