Brasil quer desenvolvimento agrário da savana de Moçambique



Com o objectivo de tirar do papel o projecto de desenvolvimento agrário da savana moçambicana, vai realizar-se esta semana em Brasília uma reunião entre técnicos brasileiros e japoneses. No segundo semestre deste ano, profissionais da Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa) deverão recolher mostras do solo para análise.

O Pró-Savana é realizado no âmbito de acordos de cooperação entre o Brasil e Moçambique, com financiamento japonês. A iniciativa implica um programa integrado de desenvolvimento da área de savana nos mesmos moldes daquele que foi realizado no cerrado brasileiro. “O interessante é que o Brasil não manda dinheiro para o pessoal usar, mandamos os nossos técnicos, a nossa gente, os nossos recursos humanos, para fazer uma base conjunta”, explica António Prado, responsável pela secretaria internacional da Embrapa, citado pela agência Lusa num artigo da SIC Notícias.

No Brasil, o programa Prodecer desenvolveu técnicas de correcção do solo, considerado muito ácido, para que fosse possível o cultivo da soja. O país tornou-se num dos maiores produtores de soja do mundo. Em Moçambique, as pesquisas não estarão centradas num cultivo específico, mas, inicialmente, em espécies que fazem parte da dieta básica dos moçambicanos, como milho, feijão e arroz.

Os acordos foram assinados durante o mandato do presidente Lula da Silva, mas nada mudou com Dilma Rousseff. “São compromissos que o governo brasileiro assumiu com esses países e estão mais do que garantidos. Os recursos para levá-los adiante já estavam assegurados quando foram aprovados”, garantiu o responsável. O Executivo, inclusivamente, está a planear iniciar um programa semelhante nos países da América Latina.





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