Britânica descobre pedido de socorro na etiqueta de peça de roupa
Lembra-se deste escravo chinês que denunciou o trabalho forçado num bilhete escondido no brinquedo? Um novo caso, parecido, acabou de ser noticiado, desta vez na etiqueta de uma peça de roupa comprada na Primark.
A peça foi comprada por Rebecca Gallagher, de 25 anos, que leu na etiqueta, em vez das informações sobre a lavagem, o seguinte recado: “Somos forçados a trabalhar por horas exaustivas”.
Quando viu a mensagem, a jovem tentou contactar a Primark para pedir explicações, mas não foi ouvida pela empresa. Na verdade, a empresa acabou por prestar explicações, mas só depois de Rebecca denunciar o caso à imprensa.
Assim, um porta-voz da Primark disse que o Código de Conduta da loja de roupa garante que todas as suas fábricas e fornecedores devem oferecer condições justas de trabalho aos funcionários e pediu que Gallagher devolvesse o vestido para investigação.
A Primark é uma das lojas com roupa mais barata do mundo, tendo vários vezes sido investigada devido a trabalho escravo, explica o Planeta Sustentável. Em 2008, a empresa foi denunciada por contratar crianças indianas com 11 anos para costurar as lantejoulas das suas roupas. Nesse ano, a marca criou o site Ethical Primark, no qual informa os consumidores das suas práticas ligadas ao ambiente.
Até agora, nenhuma organização de direitos humanos se pronunciou sobre o caso de Rebecca Gallagher. Alguma o fará?