Bronzeado artificial ou natural, o que faz pior?



No início da década de 1950, a Coppertone começou a vender o primeiro protector solar. Dez anos mais tarde, introduziu o primeiro bronzeador artificial. Desde então, os bronzeados engarrafados combateram lado a lado com os bronzeados naturais. Apesar de nenhum deles ser necessário à pele, para aqueles que ambicionam o “brilho dourado”, qual destes dois métodos é o mais saudável?

A exposição aos raios solares pode causar cancro da pele, envelhecimento prematuro, cataratas e supressão do sistema imunitário – sem mencionar as queimaduras dolorosas. Para evitar estas consequências, todas as pessoas com mais de seis meses de idade devem utilizar protector solar com um índice de protecção solar 15 ou superior. Deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição solar e ser reaplicado a cada duas ou três horas durante o período de exposição. Um estudo de 2010 concluiu que se a utilização do protector solar não for frequente o risco de desenvolver um melanoma aumenta quase para o dobro.

Contudo, se utilizar marcas que não sejam de confiança ou produtos fora do prazo, pode estar a expor-se a químicos prejudiciais. “Se estiver a apanhar sol suficiente para se bronzear, então está  a apanhar sol a mais”, indica David J. Leffell, professor de dermatologia e cirurgia na Faculdade de Medicina de Yale, cita o Huffington Post. Apenas uma pequena queimadela do sol aumenta as probabilidades de desenvolver alguma forma de cancro da pele numa fase mais avançada.

Uma alternativa aos perigos dos raios solares são os bronzeadores em creme e spray, que foram proliferando ao longo dos anos. Mas, também estes podem ser prejudiciais à saúde. O agente químico mais nocivo é a di-hidroxiacetona, que interage com as células mortas da superfície da pele para lhes modificar a cor. Quando usada de modo correcto, a di-hidroxiacetona é considerada segura. “A maior parte dos dermatologistas concordam que os sprays ou cremes de bronzeamento, que basicamente causam a coloração da camada externa da epiderme são seguros e eficientes”, indica Leffell.

Porém, muitas pessoas não utilizam estes produtos de forma correcta. Ao utilizar estes autobronzeadores deve-se proteger os lábios, nariz e olhos, uma vez que os riscos ao inalar ou ingerir a di-hidroxiacetona são desconhecidos. Estudos conduzidos em laboratório indicam que elevados níveis de di-hidroxiacetona – superiores aos que poderiam ser encontrados em produtos contrafeitos – podem aumentar a formação de radicais livres. Os radicais livres fazem parte do sistema metabólico natural mas os níveis elevados destes compostos podem proporcionar danos nas células ou cancro.

Apesar dos riscos inerentes, se realmente quer um bronzeado rápido, a melhor e mais segura maneira – se forem seguidos os parâmetros e protegidas as partes sensíveis do corpo – é  recorrer aos autobronzeadores, de acordo com o Huffington Post.

Foto:  Evil Erin / Creative Commons





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