Cabo Verde inaugura hoje expansão do principal parque eólico do país



A empresa Cabeólica inaugura hoje a expansão do principal parque eólico de Cabo Verde, mais uma peça para que metade da eletricidade do arquipélago seja produzida a partir de fontes renováveis, em 2030, segundo as metas do Governo.

“Este projeto constitui um marco estratégico na consolidação da transição energética do país, reafirmando o compromisso de Cabo Verde com a sustentabilidade, inovação e produção de energia limpa”, anunciou o executivo, em comunicado.

A expansão do parque da ilha de Santiago representa “um reforço de cerca de 13,5 megawatts, representando mais 50% da capacidade instalada de energia eólica em Cabo Verde”, graças a novas turbinas, instaladas desde agosto, e que são cinco vezes mais potentes que as já existentes, informou.

As turbinas passam a ser “as estruturas mais altas do país”, chegando aos 180 metros de altura, disse à Lusa o diretor técnico da Cabeólica, Valdemar Lopes, durante as operações de instalação.

O projeto, que inclui sistemas de armazenamento de energia em baterias, permitirá ao país reduzir as emissões em mais de 50.000 toneladas de CO2 por ano.

Em 2024, a Cabeólica foi responsável pela produção de aproximadamente 14% da eletricidade consumida no país, segundo o relatório e contas da empresa.

Além do parque de Santiago, a empresa é responsável por outros três, nas ilhas de São Vicente, Sal e Boa Vista.

A Cabeólica resulta de um acordo de parceria público-privada (PPP), assinada em 2008, e é atualmente participada em 50% pela Africa Finance Corporation (AFC, Corporação Financeira Africana), uma instituição financeira multilateral pan-africana constituída por Estados soberanos, da qual Cabo Verde também é um Estado-membro.

Outros 44% pertencem à African Energy Transition Holding (grupo AP Moller), através de um fundo criado para investir em infraestrutura no continente africano, cabendo o restante ao Estado de Cabo Verde e empresa pública de eletricidade (Electra).

O Banco Europeu de Investimentos (BEI) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) são os principais financiadores de longo prazo da Cabeólica.






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