Cães americanos vieram da Ásia na era pré-colombiana
Uma nova análise genética de centenas de raças de cães americanos revelou que as raízes dos caninos remontam à Ásia. Em média, menos de 30% do seu ADN deriva da Europa, o que sugere que os cães chegaram às Américas com os seres humanos ancestrais que estabeleceram as civilizações pré-colombianas.
O estudo – publicado na revista Proceedings of the Royal Society B – também descobriu que o chihuahua deriva de uma antiga linhagem de cães do México.
Os cães foram domesticados pela primeira vez na Ásia, há cerca de 30 mil anos. Já os fósseis de cães domesticados na América remontam há cerca de 10 mil anos. Os investigadores acreditam agora que os primeiros colonos americanos trouxeram os animais com eles, através do Estreito de Bering.
Para traçar as raízes genealógicas dos cães americanos, os cientistas recolheram amostras de saliva de 347 cães de raças puras das Américas. Essas raças incluíram malamutes do Alasca, chihuahuas, cães peruanos sem pêlo e várias espécies americanas.
O seu AND foi então comparado com 1.872 amostras de cães na Ásia, Europa e África. Também foram testados 19 cães que vagueavam pela Carolina do Norte e do Sul, nos EUA, assim como algumas raças de cães livres da América do Sul.
Os testes revelaram que a maioria dos cães americanos tem ascendência asiática, com apenas 30% da sua ascendência a derivar da Europa. As amostras de chihuahua, em particular, combinam com o ADN já conhecido de fósseis de cães pré-colombianos, o que confirma que a raça teve origem no México.
Também os cães da Carolina do Norte e do Sul carregam informação genética proveniente da Ásia, mas não da Europa. “A maioria das pessoas pensava que eles eram apenas cães europeus em fuga”, disse Peter Savolainen, co-autor do estudo.
De acordo com o Huffington Post, estes resultados apoiam estudos anteriores que descobriram que os cães dos esquimós Inuit da Gronelândia também não têm um ADN com raiz europeia.