Calor à porta: 3 estratégias para um verão mais amigo do ambiente



Com o verão a começar, são muitos os que decidem aproveitar os longos dias de calor para tirar férias e recarregar baterias. Embora a descontração seja sempre bem-vinda, é importante não deixar de estar atento a comportamentos que, apesar de comuns, podem ser prejudiciais para o meio ambiente.

Para ajudar todos os que procuram reduzir a sua pegada individual e sensibilizar família, amigos e colegas durante esta época do ano, a Goparity, plataforma de finanças de impacto, reuniu três dicas para ter em conta:

1. Escolher protetores solares menos prejudiciais para o ambiente: um primeiro passo consciente pode ser a verificação dos rótulos e escolha de produtos que contenham o menor número de químicos. Vários protetores solares têm na sua composição partículas de microplástico que contribuem para aumentar a sua espessura ou melhorar a sua aparência, funcionando ainda como filtros UV mais acessíveis. Ao mergulhar no mar após ter aplicado estes protetores no corpo, os microplásticos acabam por ser libertados diretamente no oceano, prejudicando o equilíbrio do ecossistema. Além disso, sabe-se que mais de 3.500 produtos populares de proteção solar contêm ainda substâncias químicas, como oxibenzona e octinoxato, altamente nocivas para ecossistemas como os recifes de coral.

2. Optar por uma alimentação consciente, local e da época: desde os alimentos consumidos à forma como são transportados, podem ser feitas escolhas mais sustentáveis. É importante escolher garrafas ou recipientes térmicos e reutilizáveis sempre que possível. Estes são mais eficientes em termos financeiros, na preservação da temperatura da água e melhores para o ambiente; o mesmo pode ser dito relativamente à forma como se transportam e conservam os alimentos consumidos na praia, como as sandes ou a fruta – a comida levada de casa em recipientes que possam ser lavados e usados novamente é preferível ao recurso a comida pré-feita, embalada em recipientes de utilização única. A acrescentar, optar por alimentos da época produzidos em Portugal, como por exemplo as laranjas do Algarve ou cerejas do Fundão, não só contribuirá para a economia local como evitará as emissões de carbono do transporte de alimentos de outros países e continentes e os gastos energéticos da conservação em arcas de congelação.

3. Procurar reduzir a pegada ecológica individual: o transporte escolhido e a forma como se arrefecem as casas são dois bons pontos de partida. A climatização da casa pode pesar muito na pegada ambiental de cada um. Apesar das melhorias em anos recentes, Portugal continua atrás em relação à média europeia no que toca à eficiência energética dos edifícios, pelo que poderá dar-se primazia à ventilação natural e a equipamentos de melhor classificação energética, como as ventoinhas. No que toca a deslocações para os destinos de férias, é sempre bom tentar evitar aviões e se possível optar por transportes coletivos, como comboios, ou partilhar boleias, de modo a fazer escolhas mais amigas do ambiente (e em muitos casos da carteira). Segundo dados da ZERO, um comboio intercidades ou autocarro entre Lisboa e Porto tem uma pegada de 3,8 e 4,6kg de CO2 por pessoa, respetivamente, ao passo que fazer uma viagem sozinho num carro a gasóleo para o mesmo trajeto terá um peso de 50,2kg em emissões de CO2.

Para além dos comportamentos individuais que têm um impacto significativo quando reproduzidos em massa, a Goparity apela a que todas as empresas e organizações, tendo em conta o seu impacto coletivo, tenham em conta como podem minimizar a sua pegada ambiental. A principal missão da Goparity é a democratização do acesso às finanças sustentáveis, ligando empresas e indivíduos que querem investir em projetos com impacto positivo nas pessoas e no planeta.

A Goparity já permitiu mais de 35 milhões de euros investidos por mais de 45.000 membros registados. Os projetos financiados através da plataforma permitiram impactar positivamente cerca de 89.000 pessoas, criar quase 5.000 postos de trabalho e contribuir para evitar a emissão de 25.000 toneladas de emissões de CO2 para a atmosfera todos os anos.





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