Câmara de Águeda envolve juntas no combate às espécies invasoras da Pateira



A Câmara de Águeda vai envolver as juntas de freguesia no combate às espécies invasoras nas linhas de água da Pateira de Fermentelos, o maior lago natural da Península Ibérica, revelou hoje fonte municipal.

As juntas de freguesia vão receber um apoio, que se traduz num investimento global de 26.250 euros, resultante de uma candidatura apresentada pela Agência Portuguesa do Ambiente, com o apoio do município.

Aprovada e cofinanciada pelo Fundo Ambiental, a candidatura tem em vista a requalificação ambiental e paisagística da Pateira, prevendo a colaboração com as autarquias locais para a realização das ações aprovadas.

Nesse âmbito, a Câmara de Águeda, no distrito de Aveiro, anunciou que vai celebrar contratos interadministrativos com quatro juntas de freguesia e uniões de freguesia: Fermentelos, Barrô e Aguada de Baixo, Recardães e Espinhel, e Travassô e Óis da Ribeira.

Ficará a cargo dessas juntas a realização de trabalhos de limpeza junto às linhas de água da Pateira de Fermentelos, nas respetivas áreas confinantes à lagoa.

Em concreto, estas assumem “a vigilância e remoção manual das massas de espécies exóticas da flora invasora, designadamente erva-pinheira e jacintos-de-água, que surjam na lagoa e recursos hídricos limítrofes”.

A intervenção das juntas por remoção manual vai reforçar a remoção mecânica dessas espécies que é feita pelo município de Águeda com recurso a uma ceifeira aquática.

A Câmara de Águeda aprovou ainda um apoio específico para a Junta de Freguesia de Fermentelos, de 10.250 euros, para a beneficiação dos acessos para a entrada e saída da ceifeira-aquática, e operações de descarga e transporte das espécies invasoras.

A Pateira de Fermentelos é a maior lagoa natural da Península Ibérica, abrangendo os concelhos de Águeda, Oliveira do Bairro e Aveiro, caracterizada pela biodiversidade faunística e florística.

Nos últimos anos assistiu-se à proliferação descontrolada dos jacintos-de-água (Eichhornia crassipes), “com graves consequências para o equilíbrio do ecossistema, tais como o impedimento de trocas gasosas entre a água e o ar, podendo originar a morte da fauna e flora autóctones”, apesar do município ter na lagoa uma ceifeira mecânica que se tem mostrado insuficiente para evitar a propagação.





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