Câmara de Lisboa e Beta-i procuram startups de todo o mundo para tornar mobilidade da cidade mais sustentável
O programa de inovação colaborativa promovido pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) e organizado pela consultora Beta-i lançou open call a startups e pequenas e médias empresas de todo o mundo, no dia 10 de outubro, com o objetivo de encontrar soluções inovadoras relacionadas com a área da mobilidade foi divulgado em comunicado.
Segundo a mesma fonte, aberta até ao dia 19 de novembro, serão aceites candidaturas de startups e empresas com atividades nas áreas dos transportes coletivos, logística, retalho, transportes privados, entre outros. As candidaturas selecionadas terão a oportunidade de trabalhar com empresas portuguesas como a Brisa, Carris, Cellnext, grupo Luís Simões, grupo Super Bock e EDP, para realizar e validar projetos pilotos que respondam aos desafios previamente identificados no domínio da mobilidade urbana. Como parceiro institucional, a ADENE também irá partilhar a sua expertise em mobilidade e energia com as startups e empresas escolhidas para o programa, prestando apoio ao longo do processo de desenvolvimento dos projetos.
Depois de seis edições dedicadas à melhoria da qualidade de vida na capital portuguesa, o Smart Open Lisboa (SOL) está de volta, desta feita com foco na promoção da mobilidade urbana sustentável.
Os desafios identificados no âmbito do programa focam-se em vários domínios, desde a gestão do fluxo do tráfego urbano já existente, à necessidade de planificação e optimização de rotas e horários de logística e transportes, adoção de processos que estimulem a transição energética dos veículos e comunicação intuitiva de informação para os utilizadores diários de transportes. Procuram-se, assim, startups e empresas envolvidas com práticas de mobilidade urbana que tragam uma maior digitalização a esta área, tornando Lisboa uma smart city cujo tráfego de passageiros e mercadorias assente numa constante monitorização e processamento de dados para agilizar a circulação em tempo real.
“Desde as deslocações diárias até à logística de mercadorias, milhares de pessoas e empresas dependem diariamente da ampla variedade de sistemas de transporte e redes de circulação da nossa capital. A mobilidade urbana assume, assim, um papel central em Lisboa, enfrentando crescentes desafios relacionados com a sustentabilidade que precisam de ser superados em prol da preservação do meio ambiente e da qualidade de vida das pessoas. Tanto a Beta-i como a Câmara Municipal de Lisboa reconhecem esta necessidade e reúnem esforços para impulsionar progresso inovador e sustentável na Lisboa de amanhã.” afirma Diogo Teixeira CEO da Beta-i.
“A inovação colaborativa, que é virtuosa na generalidade dos contextos de aprendizagem e gestão do conhecimento, é, quando aplicada à resolução de problemas como os que enfrentamos, como a descarbonização ou o garante da sustentabilidade das cidades, absolutamente vital. É-o não só pelas sinergias que estimula, mas também, e quiçá sobretudo, pelo envolvimento que promove. Os desafios que os países e as cidades têm pela frente, que as comunidades políticas enfrentam, quer os relacionados com as alterações climáticas quer os que decorrem do cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, só se vencem com mais conhecimento e com mais envolvimento. O caminho é em frente, não é para trás. É isto que pretendemos com esta iniciativa”, disse Diogo Moura, Vereador da Economia e Inovaçao da CML, a propósito do SOL Mobility.
Em 2022, a capital portuguesa passou a fazer parte do programa europeu “100 cidades neutras até 2030”, comprometendo-se a reduzir as suas emissões de dióxido de carbono neste período de tempo. De acordo com informações do Plano de Ação Climática Lisboa 2030, aproximadamente 43% das emissões de dióxido de carbono (CO2) na cidade têm, respetivamente, origem no setor de mobilidade e transportes, o que realça a urgência de encontrar soluções inovadoras para a obtenção de neutralidade carbónica até à próxima década.