Câmara de Oeiras quer fomentar a literacia marítima e o turismo náutico



A fomentação da literacia marítima e a promoção do turismo náutico são algumas das medidas previstas num programa da Câmara Municipal de Oeiras, apresentado ontem, que visa tornar a economia do mar “mais azul e sustentável”.

O programa Oeiras Mar 2030 foi apresentado ao início da tarde, durante a 11.ª edição da Cimeira Mundial dos Oceanos, que decorre entre segunda-feira e hoje no Centro de Congressos de Lisboa.

Segundo explicou o secretário-geral do Fórum Oceano, Rui Azevedo, este programa levou dois anos a ser elaborado e assenta em seis linhas de orientação estratégia, nomeadamente na aposta do “empreendedorismo e inovação”, na “cultura marítima e literacia azul”, na “náutica de recreio e do turismo náutico” e na “valorização dos ativos naturais e paisagísticos e culturais”.

Apesar de ter a coordenação da Câmara Municipal de Oeiras, o programa será desenvolvido com o apoio de várias entidades, como o Porto de Lisboa, a Autoridade Marítima Nacional, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique.

No final da sessão, em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, considerou que o programa poderá ter sucesso, uma vez que o município já “beneficia de valências tecnológicas” e de programas de valorização do mar.

“Oeiras tem o privilégio de ter ali sediadas uma série de instituições, como o IPMA ou a escola náutica. Durante anos, o município de Oeiras esforçou-se por conseguir agregar as instituições, de investigação científica, de inovação. Portanto, foram criadas as condições adequadas para que, aquilo que podemos designar por ‘hub’ azul viesse ao de cima”, apontou.

O autarca de Oeiras referiu que uma das medidas que já se encontra em desenvolvimento e que o município pretende alargar são os programas de formação, da cultura e da literacia do oceano, “de forma a abrir novas perspetivas na área da economia azul junto da comunidade jovem”.

“Cada vez mais temos de olhar para o mar numa perspetiva transversal. Por um lado, queremos salvaguardar o planeta, queremos salvaguardar o mar. Por outro lado, há cada vez mais sensibilidade para as questões relativas às alterações climáticas”, sublinhou.

A promoção da náutica de recreio e do turismo náutico é outro dos grandes objetivos previstos neste programa, “através da valorização das condições naturais e culturais e o aproveitamento das infraestruturas e equipamentos”.

“Nós, quando falamos do mar, não falamos só de ciência e tecnologia. Falamos da criação de condições para a exploração sustentada do mar”, apontou o autarca de Oeiras, ressalvando que ainda não existe uma estimativa de custos para o desenvolvimento deste programa.





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