Candidato a presidente dos EUA nega que alterações climáticas sejam causadas por acção humana
Ontem, o republicano Marco Rubio anunciou oficialmente a sua candidatura à presidência dos Estados Unidos. Filho de imigrantes cubanos, Rubio, de 43 anos, é o terceiro republicano a anunciar a candidatura à Casa Branca, a seguir a Ted Cruz e Rand Paul – o nome de Jeff Bush, filho de George Bush e irmão mais novo de George W. Bush, é outro dos prováveis para a eleição republicana.
Rubio, conhecido oposicionista ao levantamento do embargo a Cuba, é também um camaleão no que toca às opiniões sobre as alterações climáticas. Em 2007, o actual senador do Estado da Florida colocou as energias limpas como investimento principal do estado norte-americano.
“O aquecimento global, a dependência das fontes estrangeiras de combustível e o capitalismo uniram-se para criar oportunidade inimagináveis há poucos anos”, explicou então, segundo o BuzzFeed. Rubio previu que um tecto para as emissões de gases com efeito de estufa era inevitável, argumentou que Florida deveria ser “um modelo internacional de eficiência energética e independência”, uma espécie de Silicon Valley da energia limpa.
Seis anos depois, em 2013, o discurso de Rubio mudou. Depois do discurso do Estado da Nação de Barack Obama, presidente norte-americano, o senador da Florida argumentou que a energia solar e eólica deveriam fazer parte do portfólio de energia norte-americano, mas os esforços deveriam recair na extracção de carvão, petróleo e gás natural.
“Não devemos gastar mais dinheiro em empresas como a Solyndra”, revelou. A Solyndra foi uma empresa de energia solar que, depois de receber €475 milhões em financiamento governamental, acabou por “falir espectacularmente”, segundo o Grist.
Em Maio último, porém, Rubio foi mais além. “Não acredito que a actividade humana esteja a causar estas mudanças dramáticas para o nosso clima, [pelo menos] da forma que os cientistas estão a retratar”, revelou à cadeia de televisão ABC.
Foto: DonkeyHotey / Creative Commons