Canídeo descoberto na Sibéria tinha restos de Rinoceronte-lanudo no estômago
Um canídeo, que ainda não se sabe ser lobo ou cão, foi descoberto em 2011 na Sibéria por cientistas russos. O seu corpo foi preservado, e foi recentemente estudado pelo Museu de História Natural de Estocolmo.
Os cientistas descobriram dentro do estômago um pedaço de tecido e pêlo de um Rinoceronte-lanudo (Coelodonta antiquitatis), com cerca de 14,400 mil anos.
O canídeo, de nome Tumat (em homenagem à localidade onde foi descoberto), viveu há cerca de 14 mil anos na Era Glacial. Foi também por volta desta época que o Rinoceronte-lanudo ficou extinto, sendo por isso uma descoberta única no mundo científico. Acredita-se ter sido a última refeição do animal.
Love Dalen, investigador e professor no Centre for Palaeogenetics (CPG), explicou à CNN que o acontecimento foi inédito, “Não tenho conhecimento de nenhum carnívoro congelado da Idade do Gelo onde tenham encontrado pedaços de tecido”.
Inside the puppy's stomach, @MhsSindging, Sergey Fedorov & others found a hairy piece of tissue.
The mystery tissue from Tumat's tummy was sent to #CpgSthlm, where @nibbledtodeath extracted DNA to identify the species that the tissue belonged to.
It came from… (2/n). pic.twitter.com/aaRqzy3hBB
— Centre for Palaeogenetics (@CpgSthlm) August 17, 2020