Carne dos Açores tem características únicas e pode prevenir doenças



A carne dos Açores tem características que protegem os consumidores de algumas doenças, de acordo com um estudo científico realizado pelo Instituto Nacional de Recursos Biológicos, ligado ao Ministério da Agricultura português.

Segundo o responsável por este estudo, Carlos Santos, o “maneio alimentar dos animais, muito suportado pelas pastagens, transmite à carne características nutricionais e funcionais”, sobretudo pela “presença de compostos que, para além do valor nutritivo, protegem os consumidores de determinado tipo de doenças”.

Na apresentação do estudo, em Ponta Delgada, o responsável disse que a carne dos Açores garante um “aporte superior deste tipo de compostos, comparativamente a outras”.

A primeira fase deste estudo incidiu sobre a carne de vaca de reforma, conhecida como carne de refugo ou de substituição, que resulta de vacas leiteiras em fim de ciclo que são introduzidas na cadeia alimentar.

“A carne de vaca reformada, se for tratada com boas práticas, garante um alimento de óptima qualidade. Trata-se de gado de leite que, por motivo zootécnico ou médico, foi retirado de produção e tem de se aproveitar essa carne”, frisou o responsável pelo estudo.

No entanto, há procedimentos a corrigir para cimentar a qualidade da carne dos Açores, como, por exemplo, no caso da maturação. “Antes de ser consumida, a carne deve ser embalada e guardada em frio. É como se comêssemos uma banana, acabada de colher é verde, mas se a deixarmos amadurecer ela tem outro sabor”, afirmou, acrescentando que “depende do músculo mas, em termos gerais, nunca se deve consumir a carne antes de 15 dias”.

Os Açores exportam anualmente cinco mil toneladas de carne de vaca de refugo, o tipo de carne que esteve em análise neste estudo.





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