Cidadãos de Cascais e Oeiras unem-se para criar via exclusiva para ciclistas na Marginal



Há décadas que a estrada Marginal, que liga Lisboa a Cascais, é uma das mais congestionadas do País. Apesar do pouco espaço das suas vias, as câmaras de Oeiras e Cascais querem agora dedicar uma área exclusiva para a circulação de ciclistas e peões.

Assim, e depois de uma proposta do Orçamento Participativo de Oeiras ter reunido 2308 votos de apoio à segregação de uma das vias da Marginal para andar de bicicleta e a pé, agora é a vez de um projecto semelhante ser apresentado em Cascais.

Segundo o Pedais.pt, a aprovação desta proposta permitirá circular de bicicleta, em segurança, na Marginal – a estrada nacional 6. Ao todo, serão 35 quilómetros sempre à beira-mar, num das zonas turísticas mais visitadas do país.

Segundo o Pedais.pt, a proposta apresentada à Câmara de Cascais pretende ser ainda mais simples do que aquela que foi sujeita à votação em Oeiras. Tudo se concretizará com a pintura de traços contínuos na via que separa a faixa dedicada aos ciclistas da que continuará a ficar adstrita aos veículos motorizados, explicou um dos promotores da iniciativa, Paulo Porfírio Araújo.

Tanto em Oeiras como em Cascais, a segregação de uma das quatro vias da Marginal para ciclistas e peões não depende apenas dos dois municípios, já que a via é propriedade da empresa pública Estradas de Portugal.

No troço de Cascais, será necessário colocar alguns separadores na via, nomeadamente em determinadas curvas e nas três rotundas existentes na Marginal no concelho de Cascais (a terceira está em construção, quase na chegada à vila), mas a ideia é dedicar uma via da estrada para os ciclistas circularem nos dois sentidos com o mínimo investimento possível.

“Os separadores não são eficazes e a pintura a vermelho (da via) é cara e implica manutenção de dois em dois anos”, afirma Paulo Porfírio Araújo, quando confrontado com as opções defendidas na proposta apresentada em Oeiras.

No caso de Cascais, a via segregada para velocípedes estará compreendida entre o Forte de S. Julião da Barra e a sede do concelho, donde já existe uma ciclovia até ao Guincho.

Além de possibilitar aos muitos milhares de residentes na Linha de Cascais a possibilidade de se deslocarem de bicicleta, a segregação de uma via para ciclistas será também uma mais valia económica, defende Paulo Porfírio Aráujo, recordando o aumento do turismo de bicicleta a que se vem assistindo pela Europa.

Foto:  ceiling / Creative Commons





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