Cenários de Mad Max são o retrato da Terra num futuro próximo se as alterações climáticas não forem travadas
Para Charlize Theron, protagonista na nova sequela do filme Mad Max, é um futuro semelhante ao dos cenários do filme que aguarda o planeta caso o aquecimento global não seja travado.
Mad Max: Fury Road passa-se a 45 anos no futuro, num mundo pós-apocalíptico que desespera por água e combustíveis e que é governado por um bárbaro ditador que escraviza os homens e aprisiona as mulheres para procriação.
“É muito baseado em factos reais. A ideia da globalização e do aquecimento global, das secas e do valor da água, bem como da liderança que se torna descontrolada”, afirmou Charlize Theron durante uma conferência de imprensa de apresentação do filme em Cannes, cita o Guardian.
Durante a conferência, a actriz contou que quando viu algumas das primeiras cenas do filme, que representavam uma tempestade aterradora, pensou que a ideia seria um pouco rebuscada. “Mas existem imagens actuais no Google de tempestades semelhantes no deserto do Sahara. A realidade do filme arrepiou-me. E o que o torna ainda mais arrepiante é que é um cenário não muito distante se nada for feito para o evitar”, afirmou a protagonista.
Fury Road é a quarta sequela de MAd Max e a primeira desde 1985. Tal como as anteriores foi realizada por George Miller. As filmagens decorreram na Namíbia ao longo de oito meses e as condições sentidas pelos actores e equipa foram em algo semelhantes às recriadas no filme. Durante a rodagem o aeroporto esteve várias vezes encerrado devido às tempestades de areia e havia uma lista de espera para as pessoas que queriam aceder a legumes frescos. Após as filmagens a actriz, que é sul-africana, afirmou perceber agora o significado do nome Namíbia: “o local que Deus criou quando estava zangado”.
Foto: wallbervation / Creative Commons