Centro da U.Porto descreveu mais de 100 novas espécies aquáticas em 25 anos



O Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR) descreveu desde a sua criação, há 25 anos, mais de 100 novas espécies aquáticas, a maioria das quais novas para a comunidade científica.

Em comunicado, o CIIMAR salienta hoje que, na sequência da “sexta maior extinção em massa de espécies no planeta Terra, nunca foi tão importante conhecer a biodiversidade que o habita”.

“A maioria da biodiversidade do nosso planeta existe nos oceanos, onde também se encontram a maioria das espécies que ainda não conhecemos, biodiversidade esta comummente conhecida como os ‘dark taxa’”, salienta.

Desde a criação do centro da Universidade do Porto, há 25 anos, que os investigadores estiveram envolvidos na descoberta de 117 novos taxa aquáticos.

Taxa é a unidade taxonómica associada à classificação científica de seres vivos em reino, filo, classe, ordem, família, género e espécie, que permite organizar as espécies entre si.

A biodiversidade descrita pelos investigadores inclui espécies maioritariamente marinhas, nomeadamente bactérias (30 espécies), esponjas (24), cnidários endoparasitas de peixes (20).

As restantes espécies integram organismos como “cianobactérias, ursos-d’água ou tardígrados, peixes, microalgas, diatomáceas, platelmintes, copépodes e nemátodes”.

“A partir do momento em que uma espécie é descrita, a sociedade terá novas unidades de vida das quais pode usufruir enquanto recurso biológico, quer na área da medicina, quer na área da cosmética, da arquitetura e de muitas outras mais”, assinala.

Os resultados do trabalho desenvolvido pelo centro são divulgados hoje num evento do projeto Biobanco Azul Português – um dos 10 projetos do Pacto da Bioeconomia Azul.

Lançado em 2023, o Biobanco Azul Português tinha como principal objetivo criar uma plataforma digital para agilizar o acesso às coleções de recursos marinhos.

“Estas coleções potenciam a descoberta de diversidade nova e o trabalho de atuais e futuros taxonomistas, que as podem usar como base comparativa e repositório dos espécimes e estirpes marinhos descritos”, acrescenta.






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