Cerca de 19 bancos europeus financiam extração de petróleo na Amazónia
A Amazónia é o pulmão do Planeta, e ao logo de 4 milhões de quilómetros quadrados, vivem milhares de espécies de plantas e de animais. Além da biodiversidade única, também é casa para várias tribos indígenas.
O jornal The Guardian denunciou recentemente, com base num relatório, que diversos bancos europeus (cerca de 19) financiaram desde 2009, 10 mil milhões de dólares (cerca de 8,5 em euros) para a exploração de petróleo na Amazónia. É o caso de, nomeadamente, ING Belgium e Credit Suisse em Geneva, e do Natixis em Paris.
Embora o avançar das metas de sustentabilidade e de uma recuperação económica verde tenha levado os bancos a deixar de parte investimentos em projetos de combustíveis fósseis, o financiamento de comércio tem ajudado algumas empresas no transporte de petróleo nesta região.
Marlon Vargas, presidente da Confederação das Nacionalidades Indígenas da Amazónia Equatoriana (Confeniae), afirmou “Eu perguntou-me se os executivos dos bancos na Europa sabem o verdadeiro custo do seu financiamento. Como podem dormir em paz sabendo que o seu dinheiro deixa milhares de povos e comunidades indígenas sem água, sem comida e em condições de saúde devastadoras devido à poluição dos rios Coca e Napo?”, acrescentando que “está na hora dos bancos, das empresas e dos consumidores do petróleo extraído na Amazónia reconhecerem como os seus negócios afetam os nossos territórios e o nosso modo de vida.”