Cerca de 36 mil hectares de culturas perdidos em Moçambique devido à chuva



Cerca de 36.000 hectares de diversas culturas foram perdidos em 2022 em Moçambique devido às chuvas e inundações, anunciou ontem o Presidente moçambicano, durante o lançamento da campanha de comercialização agrícola de 2023.

“No período transato, em 2022, as chuvas excessivas, o aumento dos caudais dos principais rios e a passagem de tempestades e ciclones Ana e Gombe afetaram 81 distritos a nível de todo o país”, disse Filipe Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano lançou a campanha de comercialização agrícola de 2023 no distrito de Chiúta, província de Tete, no centro de Moçambique.

Segundo Nyusi, a época chuvosa 2021/2022 afetou cerca de 184 mil hectares de culturas e condicionou a situação de cerca de 117 mil produtores.

Segundo o Presidente moçambicano, a província de Nampula, no norte do país, foi a “maior contribuinte” na comercialização agrícola de 2022, com mais de cinco milhões de toneladas, seguida da província da Zambézia, no centro, com mais de três milhões de toneladas.

Na época chuvosa 2021/2022, entre outubro e abril, pelo menos 134 pessoas morreram e mais de 760 mil foram afetadas por desastres naturais em Moçambique, segundo dados do INGD – Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres.

Entre outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por cheias, fenómeno justificado pela sua localização geográfica, sujeita à passagem de tempestades e, ao mesmo tempo, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral.





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