Cerca de 60% das espécies de peixes podem ficar extintas até 2100 devido às alterações climáticas

As alterações climáticas são cada vez mais evidentes, e embora já se começem a tomar medidas para mitigar as suas consequências, o aquecimento global continua a ser uma realidade.

Um novo estudo publicado na Science, revela que o fenómeno pode acabar com 60% das espécies de peixes até 2100, caso as temperaturas subam 5 graus Celsius.

A equipa de cientistas alemães, da Universidade de Bremen e do Helmholtz Institute for Functional Marine Biodiversity, investigou a tolerância ao calor de 694 espécies de água doce e salgada, em diferentes fases de vida. Os embriões e os peixes reprodutores mostraram-se mais vulneráveis às diferenças de temperatura, especialmente os últimos, devido à maior necessidade de oxigénio, que por sua vez é menos retido em águas quentes, refere o New Scientist.

Embora o Acordo de Paris queira limitar o aumento da temperatura a 1.5 graus Celsius, isso continua a ser prejudicial para 10% dos peixes.

Hans-Otto Pörtner, parte da equipa, explica à New Scientist que 1,5 graus “não é o paraíso, haverão mudanças; Mas podemos limitar essas mudanças se conseguirmos parar as alterações climáticas” acrescenta, explicando que este “estudo é um forte argumento para proteger os ecossistemas e os ambientes naturais.”