Cheias na Eslovénia: Greenpeace acusa Europa e países poluidores de fazerem pouco para travar alterações climáticas



No final da semana passada, a Eslovénia sofreu aquele que é já considerado o primeiro evento climático extremo alguma vez registado na história recente do país. Chuvas intensas causaram fortes cheias, deslizamentos de terras, a destruição de inúmeras habitações e a morte de, pelo menos, seis pessoas.

O fenómeno, segundo a Greenpeace, terá destruído dois terços da Eslovénia, depois de em apenas 24 horas ter chovido o equivalente a um mês de precipitação.

“A crise climática tem atingido do globo e agora atinge a Europa com toda a força”, diz a organização ambientalista em comunicado, salientando que o que se passou na Eslovénia “enfatiza a importância da ação climática e da construção de resiliência para prevenir os eventos climáticos extremos inevitáveis”.

Lena Penšek, da delegação eslovena da Greenpeace, afirma que “aplacar as causas das alterações climáticas e reforçar a resiliência dos ecossistemas devem ambas ser prioridades”, e aponta que “as cheias não são apenas desastres naturais normais, são eventos climáticos extremos causados pelas alterações climáticas”.

“As cheias são prova de que as alterações climáticas estão a acontecer agora, e aqui na Europa”, avisa Penšek.

Os ambientalistas acusam o governo da Eslovénia de estar muito aquém do que é necessário para travar a crise climática, indicando que é o único país da União Europeia que não têm parques eólicos.

Sara Kosirnik, responsável de comunicação da Greenpeace Eslovénia, lança também críticas à UE e às empresas que mais contribuem para a degradação dos sistemas da Terra. “É completamente inaceitável que as grandes empresas responsáveis pela poluição que tem provocado a atual crise climáticas continuem a fazer ‘greenwash’ e a lucrar às custas das pessoas e do planeta”.

“Algo que estava a apenas a acontecer do outro lado do planeta está agora a ocorrer à nossa porta”, destaca, observando que “os decisores na Europa e noutros países que são grandes poluidores continuam a estar aquém da ação climática necessária”.

“Apesar das provas devastadoras dos impactos das alterações climáticas, os decisores europeus continuam a ouvir os interesses da indústria em vez de agirem para combater as crises climática e da Natureza”, critica.





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