Chilreta, a exímia pescadora da Ria Formosa



Esta pequena andorinha do mar é uma nidificante estival e tem no Parque Natural da Ria Formosa a maior colónia de reprodução em Portugal. Apresenta estatuto de Vulnerável no país, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, e é considerada Em Declínio pela União Internacional para a Conservação da Natureza a nível mundial.

A ave tem um voo rápido e impressiona pela sua técnica de pesca, caçando as suas presas com mergulhos rápidos e certeiros.  Possui um voo ondulado, chilreando frequentemente. Trata-se de uma espécie migradora, que nidifica em Portugal e inverna em África. Encontra-se entre nós sobretudo entre princípios de Abril e o princípio de Setembro.

O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas do Algarve colocou esta semana vedações na Praia de Faro para preservar nidificação esta espécie de ave. A acção foi tomada no âmbito das medidas de conservação e proteção de espécies de aves marinhas. Também conhecida como andorinha-do-mar-anã, esta ave “é uma presença frequente nas praias das ilhas barreira, local que escolhe para construir os seus ninhos e criar os seus filhotes”.

A escolha deste local para nidificação leva a algumas situações de conflito com outros utilizadores das praias – os humanos e os seus animais de estimação, que podem resultar na perda ou abandono de ninhos.A sua preferência incide em locais com pouca vegetação, zonas que os veraneantes escolhem para colocar o seu guarda-sol ou mesmo para utilizar como zonas de passagem para chegar à praia, potenciando ainda mais a conflitualidade.

Onde observar
O Algarve, onde nidifica a maioria da população desta espécie é, sem dúvida, a melhor região do país para observar a andorinha-do-mar-anã.

Entre Douro e Minho – rara nesta região, foi já detectada a sua presença no estuário do Douro.

Litoral Centro – o estuário do Mondego é um excelente local para a observação desta pequena andorinha-do-mar, assim como a ria de Aveiro.

Lisboa e Vale do Tejo – observa-se com regularidade no estuário do Tejo, particularmente nas salinas do Samouco e, por vezes, no Parque do Tejo e nas salinas de Alverca. Durante as passagens migratórias ocorre por vezes junto às praias da costa do Estoril.

Alentejo – os melhores locais de observação centram-se no estuário do Sado, na lagoa de Santo André e na albufeira do Caia. Também ocorre na albufeira do Alqueva, mas em menor número, observando-se em locais tão a montante como a zona de Elvas.

Algarve – facilmente observável na ria Formosa e nas áreas envolventes, como o Ludo e a Quinta do Lago, as salinas de Santa Luzia e Tavira e ainda os braços da ria entre Cacela-a-Velha e Olhão. Também é regular na reserva de Castro Marim, nos Salgados do Fialho, na foz do Almargem e na ria de Alvor.





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