China: a nova potência mundial na construção de alta velocidade ferroviária
A China está cada vez mais perto de se tornar na maior exportadora de tecnologias de alta velocidade ferroviária esta semana, ao “vender” ao México um negócio de €3.000 milhões (R$ 9,3 mil milhões).
Os tempos em que a China importava tecnologias ferroviárias há muito acabaram, e hoje o País tem a ambição de liderar a alta velocidade, explica o Quartz, que dá alguns exemplos: uma proposta de comboio-bala que chega aos Estados Unidos através do estreito de Bering; ou uma rede transasiática que ligue Laos, Camboja, Tailândia, Malásia e Singapura.
Segundo o site, a China está em conversações para construir ou vender comboios em mais de 20 países. Comparados com os de outros países exportadores de ferrovia, como a Alemanha ou Japão, os comboios chineses são mais baratos – entre €13,5 milhões e €16,7 milhões por quilómetro, comparado com €20 milhões e €31 milhões dos outros dois países, segundo o Banco Mundial.
Muito do conhecimento dos engenheiros chineses, ironicamente ou não, vem das suas próprias experiências em empresas alemãs ou japonesas, e o país tem melhorando bastante na última década: 12.000 quilómetros de ferrovia construídos, um número que será duplicado até 2020.
Finalmente, as empresas chinesas aceitam trabalhos de construção em zonas de risco e financiam os seus próprios projectos através do Export-Import Bank of China – 85% do projecto mexicano será assim financiado.
Foto: Tauno Tõhk / 陶诺 / Creative Commons