China anuncia maior descoberta de sempre relacionada com pterossauros (com FOTOS)
A descoberta de ovos pré-históricos de pterossauro com 120 milhões de anos, na China, está a ser apelidada de “espectacular” pela comunidade científica, que espera agora ter o caminho livre para perceber o estilo de vida e diferenças de género entre estes répteis voadores gigantes, que viveram junto dos dinossauros.
De acordo jornal Current Biology, que acabou de publicar a notícia, apenas quatro ovos de pterossauro tinham sido descobertos até agora, e todos se estragaram durante o processo de fossilização.
Hoje, porém, cientistas chineses anunciaram o desenterramento de cinco ovos de pterossauro em excelentes condições, num local no noroeste do País que também inclui cerca de 40 indivíduos adultos de uma nova espécie que vivia perto de um lago.
“Este é o local mais importante de pterossauro jamais descoberto”, explicou o paleontólogo Zhonghe Zhou, director do Instituto de Paleontologia da Academia Chinesa das Ciências.
A criatura, um hamipterus tianshanensis, foi encontrada com o seu ninho perto do crânio. Tinha dentes pontiagudos para apanhar peixes e asas com uma envergadura de mais de 3,5 metros.
Os ovos são parecidos com o das cobras ou lagartos, segundo o paleontólogo Xiaolin Wang, que ajudou a desenvolver o estudo. “São os ovos mais bem preservados de sempre”, explicou Wang.
Este local vai ajudar os cientistas a saberem mais sobre os pterossauros. Pelo menos 40 indivíduos foram identificados, mas podem existir centenas deles. Isto indica que os pterossauros viviam em grandes colónias, perto do lago e enterravam os ovos para os proteger.
“Um dos aspectos mais importantes desta descoberta – centenas de indivíduos e ovos no mesmo local – é que ela confirmou que os pterossauros eram gregários e viviam em colónias. E o tamanho da população é surpreendentemente grande”, disse Zhou.
O local foi descoberto em 2005 e está bem preservado. Os pterossauros foram os primeiros vertebrados voadores da Terra – os pássaros e os morcegos apareceram muito depois. Eles viveram entre há 220 milhões de anos até há 65 milhões de anos, mas desapareceram na mesma altura dos dinossauros.
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