China: cidade de 11 milhões de habitantes vai reduzir automóveis para metade
Guangzhou, uma das maiores cidades chinesas, vai reduzir em metade o número de automóveis actualmente em circulação, segundo uma notícia do The New York Times.
O Governo da capital de Guangdong – a antiga Cantão, note-se – começou a leiloar as licenças para propriedade de automóvel na última semana, sendo que o objectivo é colocar a qualidade de vida à frente do crescimento económico. Mas só serão leiloadas metade das licenças, em relação ao número actual de automóveis na cidade.
Esta obrigatoriedade faz parte de um conjunto de medidas para limpar o ar e água da cidade –medidas que, de resto, estão a ser coordenadas pelo próprio Governo chinês. As autoridades querem também reduzir os custos com a saúde e melhorar a qualidade do crescimento chinês a longo prazo.
“Do ponto vista do Governo, abrimos mão de algum crescimento, mas vale a pena ter uma saúde melhor para todos os cidadãos”, explicou o vice-director da principal agência de planeamento de Guazngzhou, Chen Haotian, citado pelo The New York Times.
Outras cidades chinesas têm vindo a tomar medidas para melhorar a qualidade de ar e água, mas nenhuma tão radical como esta. Nanjing e Hangzhou, por exemplo, estão a adoptar leis para exigir gasolina e diesel mais limpos.
Dongguan, Shenzhen, Wuxi, Pequim e Suzhou estão a fechar fábricas poluentes, enquanto Xi’an e Urumqi estão a proibir – e até destruir – carros fabricados antes de 2005. Pequim também começou a limitar as novas licenças de automóveis, no início de 2011, mas a medida de Guangzhou é ainda mais drástica.
Guangzhou deverá ser a terceira maior cidade chinesa em termos de população, a seguir a Xangai (com 22 milhões de habitantes) e Pequim (com 18 milhões).