China compromete-se a eliminar progressivamente a indústria de marfim para combater a caça ilegal



A China deu o primeiro passo oficial para travar o comércio ilegal de marfim e a caça furtiva de elefantes, comprometendo-se a acabar progressivamente com a transformação doméstica do marfim e a respectiva venda. O compromisso foi anunciado no final de Maio, numa cerimónia pública onde as autoridades chinesas destruíram 662 quilos de marfim ilegal apreendido.

Os grupos conservacionistas aplaudiram já o compromisso do Governo chinês, indicando que é “a maior medida única” alguma vez tomada para salvar os animais da caça furtiva. Durante a cerimónia de destruição estiveram presentes vários diplomatas estrangeiros, onde Zhao Schucong, chefe da Administração das Florestas da China asseverou que o país vai “controlar” de forma apertada o processamento e comércio de marfim. “Vamos controlar de forma muito estrita o processamento e comércio até que o próprio processamento e venda de marfim desapareçam”, afirmou o responsável chinês, cita o Guardian.

Diminuir a procura doméstica de marfim é visto como passo essencial para travar a caça de elefantes, mas o processo tem sido lento. Desde que o comércio de marfim foi internacionalmente proibido em 1989, estima-se que a China tenha já apreendido mais de 40 toneladas de marfim.

Porém, em vez de ser destruído, este marfim é vendido a fábricas de processamento licenciadas e posteriormente vendido de forma legal em mercados por toda a China. Os grupos conservacionistas argumentam que esta acção é uma das que continua a suportar a procura de marfim no mercado negro.





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