China prepara suspensão de venda de carros a gasolina e gasóleo
A China, o país com o maior mercado automóvel do mundo, está a preparar-se para proibir a venda e produção de carros a gasolina e gasóleo, seguindo os planos de países como a França, o Reino Unido e a Noruega. A informação foi revelada ontem (11 de Setembro) por responsáveis do governo à agência de notícias oficial, Xinhua.
O vice-ministro da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT), Xin Guobin, anunciou que as autoridades estão a trabalhar num cronograma para acabar com a produção e venda dos veículos movidos a combustível fóssil, o que terá um impacto profundo no meio ambiente e no crescimento da indústria automobilística chinesa, assegurou o responsável enquanto participava numa conferência do sector que se realizou este fim-de-semana em Tianjin.
Mesmo sem data para entrar em vigor, este anuncio (que poderá incluir a oferta de incentivos generosos aos fabricantes de veículos eléctricos e também à troca de automóveis) já teve efeitos na Bolsa de Valores de Hong Kong, fazendo subir o valor das acções da BYD, fabricante chinesa de automóveis especializada em viaturas eléctricas.
Segundo a Xinhua, citada pela CNN, o aviso de que têm de mudar de estratégia e adaptar-se à situação já terá sido feito aos grandes fabricantes de automóveis instalados na China. Ainda assim, em 2016, foram vendidos 28 milhões de veículos na China, e destes apenas 1% destes eram eléctricos, o que mesmo assim representa um imenso crescimento. De acordo com a Agência Internacional de Energia, só na China foram vendidos mais de 40% do número total de veículos eléctricos vendidos a nível mundial.
Mas perante o compromisso de limitar as emissões de carbono até 2030, o governo de Pequim tem como meta ambiciosa ter cinco milhões de veículos eléctricos (e híbridos) a circular nas estradas chinesas já em 2020.
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