China preparada para compromissos no combate às alterações climáticas e pobreza



A China está preparada para assumir maiores compromissos na luta contra as alterações climáticas e a pobreza, bem como no alívio da dívida dos países pobres, anunciou hoje em Paris o primeiro-ministro chinês, Li Qiang.

No encerramento da cimeira de Paris para um novo pacto financeiro global, Li afirmou que a China acelerou os esforços para promover “uma produção e um estilo de vida com baixas emissões de carbono”.

“Nos últimos dez anos, a China registou um crescimento médio de 6,3 por cento, mas apenas 3% de crescimento no consumo de energia”, afirmou, citado pela agência francesa AFP.

O primeiro-ministro chinês disse que a China, acusada de ser um dos maiores poluidores do mundo, diminuiu a quota do carvão.

Li disse que a China também está empenhada na cooperação global na luta contra a pobreza e na iniciativa de suspensão do serviço da dívida apoiada pelo G20 (grupo das maiores economias).

A China está preparada para “trabalhar com todas as partes interessadas, incluindo as instituições financeiras internacionais, os credores privados e outros”, afirmou o chefe do Governo do país asiático.

Este compromisso surge no momento em que os credores da Zâmbia anunciaram na quinta-feira que tinham chegado a um acordo para reestruturar parte da dívida do país da África Austral.

A Zâmbia, com quase 20 milhões de habitantes, entrou em incumprimento da dívida em 2020, e as negociações para resolver o problema estavam paradas devido a divergências entre os credores ocidentais e chineses.

“A China está pronta a trabalhar com todas as partes envolvidas para garantir que as finanças mundiais se tornem justas e eficientes”, concluiu Li Qiang.

A presidência francesa organizou a cimeira para lançar as bases de uma revisão da arquitetura financeira internacional que surgiu após a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de travar a pobreza e o aquecimento global.

Participam na cimeira cerca de quarenta chefes de Estado e de Governo, bem como os dirigentes das instituições internacionais.

Li Qiang está em Paris depois de ter visitado Berlim, na primeira deslocação ao estrangeiro desde que assumiu funções em março.





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