Cidadãos acusam Câmara de Oeiras de subvalorizar eventos climatéricos de “extrema gravidade”
Os cidadãos lançaram uma petição depois de a Câmara Municipal de Oeiras ter subvalorizado eventos climatéricos “de extrema gravidade” que levaram, em dezembro de 2022, a diversas cheias em Algés.
“No seguimento de vários eventos climatéricos, de extrema gravidade, ocorreram no passado mês de dezembro de 2022 diversas cheias em Algés. Estes eventos foram subvalorizados pelo executivo da Câmara Municipal de Oeiras e tiveram como consequência a perda de uma vida humana e prejuízos avultados na degradação de infraestruturas do município, assim como, nos bens de centenas de famílias e comerciantes, sendo que o prejuízo global foi estimado pela Câmara em mais de 15 milhões de euros, motivo pelos quais os cidadãos abaixo-assinados vêm exercer o seu Direito de Petição”, acusam os cidadãos.
Consideram os peticionários, que as cheias ocorridas no final de 2022 “deverão levar todos os partidos políticos, seus representantes, forças vivas do município, cidadãos e toda a comunidade a uma discussão aprofundada para uma avaliação séria das causas desta tragédia, assim como, na definição de medidas que venham a mitigar eventos futuros”.
Para além disso, “impõem o bom senso, que se revejam os diversos projetos e empreendimentos já aprovados e atualmente em execução, no sentido de se ponderar possíveis alterações, para garantir que estes projetos e empreendimentos não venham a agravar esta problemática das cheias, de forma significativa, colocando e expondo no futuro pessoas e bens ao perigo o que a repetir-se, seria um ato de total irresponsabilidade política que só poderia ser do ponto de vista civil e criminal da responsabilidade do atual executivo camarário”.
Desta forma, solicitam o agendamento de diversos pontos na ordem de trabalhos numa sessão da Assembleia Municipal de Oeiras, extraordinária e descentralizada, a realizar-se na freguesia de Algés, Linda-a-Velha e Cruz-Quebrada/Dafundo.
Leia aqui a petição na íntegra.