Cidade britânica proíbe segundas habitações para reduzir preços do imobiliário



A pequena cidade costeira de St.Ives, na Cornualha britânica, decidiu banir a venda de casas para segunda habitação, de acordo com o Quartz. Em referendo, 80% dos residentes votaram na proibição de venda de casas novas, naquela cidade, para segunda habitação. “É uma forma de tentar preservar a nossa comunidade, e que ela continua o seu caminho”, explicou ao Quartz Linda Taylor, que é a mayor de St. Ives. “E esta resolução está a levar outras cidades a se aperceberem da sua capacidade para determinar o seu futuro”.

No centro desta decisão está o aumento do preço das casas, um problema global que tem o seu apogeu em cidades como São Francisco, Estados Unidos, onde uma carrinha da FedEx mobilada custa €535 por mês; Londres, onde um estúdio chega aos €260.000 em saldo e uma casa média aos €675.000; Bombaim, na Índia, ou Estocolmo, Suécia.

A cidade de St. Ives é um destino turístico popular para muitos britânicos e uma em cada quatro casas são segundas habitações. A popularidade do destino levou o preço das casas a subiram vertiginosamente nos últimos anos, levando à escassez de casa a preços comportáveis para a população local.

É que, embora o preço de uma casa em St. Ives chegue aos €400.000, o salário médio na pequena localidade de 10.000 habitantes é de apenas €21.100/ano, contra os €29.000 da média nacional britânica.

Ainda assim, a proibição não terá impacto retroactivo, pelo que não irá afectar nenhuma propriedade antiga de St.Ives. Uma das consequências indesejáveis – ou danos colaterais – da medida está relacionada com o turismo e economia local. A cidade atrai 954.600 visitantes por noite, por na, que gastam €112 milhões e criam quase 3.000 empregos. O que acontecerá a estes números a partir de agora?

Foto: Herry Lawford / candyschwartz / vikki 13 / Michael Gwyther-Jones / Creative Commons

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