“Cidade do Zero”: evento cresce, muda-se para o CCB e regressa em setembro
Nos dias 16 e 17 de setembro, a “Cidade do Zero”, um evento inovador na área da sustentabilidade que toca as áreas da educação, alimentação, mobilidade e consumo, regressa a Lisboa para a sua segunda edição, foi divulgado em comunicado.
Segundo a mesma fonte, a funcionar das 10h00 às 22h00 no Centro Cultural de Belém, este é um evento que ensina a sustentabilidade de uma forma lúdica através de workshops, palestras, debates, oficinas e showcookings, que abordam o tema nas suas várias vertentes, contando com a participação de especialistas de diversas áreas da ciência e profissionais de outras áreas de atuação.
Esta cidade sustentável, inclusiva e pet friendly, conta ainda com uma zona de mercado que se irá situar no espaço exterior do CCB – Centro Cultural de Belém, incorporando um modelo de mercado mais tradicional, com venda de marcas nacionais mais sustentáveis, com modelos alternativos de economia circular, onde se inclui um mercado de trocas, de vendas em segunda mão e várias oficinas de reparação.
O mercado irá contar com marcas de artigos para bebé & criança, casa, moda, cosmética, limpeza, comida & bebidas e outdoor. Todas as marcas presentes na “Cidade do Zero” são nacionais e destacam-se por alguns dos seguintes princípios: produção ética, impacto social, circularidade, gestão de resíduos, trabalho com matérias-primas recicladas.
Há ainda workshops de cozinha e oficinas, entre outras atividades, para crianças e famílias, e uma zona de restauração para refeições completas. O evento conta com a organização de Catarina Barreiros, criadora de conteúdos sobre sustentabilidade e fundadora do projeto Do Zero, e de João Barreiros, parceiro no Do Zero e na organização desta que é, muito provavelmente, a “cidade” mais sustentável e inclusiva do país.
Todo o espaço exterior da “Cidade do Zero” é pet friendly
Relativamente às novidades, este ano a zona de mercado será aumentada para contar com mais de 100 bancas, mais 30 do que na edição anterior, e serão incorporados mais espaços de troca, como o de plantas e o de bicicletas de criança, para além do de roupa e de livros que volta a estar presente. O mercado em segunda mão vai contar com artigos de moda, calçado, acessórios e puericultura, e na zona de reparação, vai haver a possibilidade de reparar equipamentos eletrónicos e roupa, para além do calçado que volta a estar presente.
Mas as novidades não se ficam por aqui, para além de um espaço perfeitamente acessível a carrinhos de bebé, também o espaço infantil da “Cidade do Zero” irá crescer, com mais atividades de reciclagem, de trabalhos manuais para crianças, e leitura de histórias sobre ecologia. “Vamos também ter espaços de restauração para refeições completas, o ano passado tivemos apenas para snacks, vai haver um espaço de lazer para famílias junto à zona de restauração e perto de bancas de snacks mais saudáveis, e serão disponibilizadas mais fontes de água potável em todo o recinto.”, avança Catarina Barreiros. Todo o espaço exterior da “Cidade do Zero” é pet friendly, incluindo as zonas de restauração.
Relativamente às palestras, debates e workshops, devido à procura na passada edição, este ano o evento contará com salas com uma maior capacidade. Alguns dos temas regressam à “Cidade do Zero”, mas haverá também novos assuntos e propostas, que serão brevemente anunciados no site do evento. De recordar que os workshops, showcookings e palestras na “Cidade do Zero” de 2022, foram mais de mais de 50 no total. Aprender a salvar plantas, a criar hortas, a tingir tecidos com plantas, a cozinhar sem desperdício, a fazer bolos sem qualquer ingrediente de origem animal e até a fazer sabão ecológico em casa foram algumas das coisas que foi possivel aprender nos workshops de cozinha e laboratório na passada edição.
Já nas palestras, com profissionais especializados em diversas áreas da ciência foram abordados temas como a lei de bases do clima, o carbono biodiverso, alimentação com insetos, as áreas marinhas protegidas, a importância da conservação dos oceanos, a energia eólica, a energia nuclear, entre muitos outros assuntos importantes. Do ponto de vista social, a importância da educação e empoderamento feminino, a acessibilidade, inclusão e ativismo, a inclusão da pessoa com deficiência no desporto ou a pobreza menstrual, foram alguns dos temas que também estiveram em destaque.
A programação completa de palestras, debates, workshops e showcookings será anunciada em breve, assim que o calendário final estiver fechado, sendo que é possivel, e aconselhável, fazer uma inscrição no site, www.cidadedozero.pt, deixando o e-mail para receber toda a informação. “A inscrição é gratuita e as vagas esgotaram muito rapidamente na edição anterior pelo que recomendamos vivamente a todos os interessados que deixem o seu e-mail para serem notificados assim que abrirem as inscrições”, avisa Catarina Barreiros.
A produção da “Cidade do Zero” está a ser, uma vez mais, totalmente pensada de forma a causar o menor impacto ambiental possível, mantendo o compromisso de utilizar apenas materiais que já estejam produzidos, ou cuja produção já esteja planeada, apostando ainda em materiais nacionais, renováveis e reciclados. As bancas do evento serão feitas com madeira nacional de florestas certificadas, que vai ser usada posteriormente em cofragens de obra. A madeira utilizada foi cedida pela Companhia das Madeiras, que irá realizar toda a montagem com a CIVIFRAN, ambas empresas parceiras do evento.
Já os espaços de ensombramento serão feitos com tecido de deadstock de fábricas nacionais, instalações de arte e materiais reutilizados. O mobiliário de exterior será todo reciclado (incluindo caixotes do lixo, sinalética, mesas e bancos), da empresa portuguesa Floema. A decoração interior, contará com a Santo Infante, empresa que representa marcas de decoração nacionais, e todas as plantas e espaços verdes serão fornecidos pela Planta Livre, com a premissa de utilizar espécies nacionais com foco em espécies produtivas para alimentação humana. O arquiteto responsável por todo o design do espaço é Manuel Cruchinho.
Por último, a acessibilidade e inclusão também estão asseguradas nesta 2ª edição da “Cidade do Zero”: “à semelhança do ano passado, teremos todo o recinto adaptado a pessoas com mobilidade reduzido. E voltaremos a ter também a possibilidade de tradução do evento para Língua Gestual Portuguesa. Basta, para isso, enviar um e-mail para mercado@do-zero.pt”, garante Catarina Barreiros.