Cientista norte-americano cria pâncreas biónico para filho com diabetes



Quando tinha apenas 11 meses, David foi diagnosticado com diabetes do tipo 1. A doença afecta as células do pâncreas que produzem insulina (hormona que transforma hidratos de carbono como o açúcar em energia para o corpo). Treze anos depois, o seu pai, Ed Damiano, está perto de criar um gadget que pode mudar sua vida.

Trata-se de um pâncreas biónico, que está a ser desenvolvido pela equipa do engenheiro biomédico na Universidade de Boston, nos Estados Unidos. De acordo com o Planeta Sustentável, o dispositivo foi o tema de um artigo publicado na última edição da New England Journal of Medicine, respeitada publicação da área de ciência e medicina.

Neste pâncreas biónico, um sensor fica responsável por medir a quantidade de glicose no corpo. Depois, este indicador é processado por um app para iPhone, que determina a libertação de açúcar ou insulina por uma bomba acoplada ao paciente, a cada cinco minutos.

Segundo a equipa de investigação, o dispositivo tem apresentando melhores performances do que as tecnologias hoje usadas para controlar a glicémia.

Os estudos para o desenvolvimento do pâncreas biónico começaram em 2005, tendo a tecnologia sido testada em 2008. “Temos de submeter o dispositivo à aprovação do governo norte-americano no próximo ano e esperamos tê-lo aprovado até 2017”, explicou Damiano no texto sobre a pesquisa. Ele espera que o filho possa usar o pâncreas biónico quando estiver na faculdade.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a diabetes afeta cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo. Por ano, a doença causa três milhões de mortes. Segundo a OMS, a diabetes tornar-se-á na sétima maior causa de óbitos no mundo até 2030.





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