Cientistas chineses estudam painéis solares que geram energia com a chuva
Uma equipa de cientistas de Qingdao, na China, está a estudar um novo tipo de células solares fotovoltaicas que permitem a produção de energia eléctrica, também, a partir da chuva que cai nas suas placas. Desta forma, a infra-estrutura poderá mais facilmente dar autonomia a habitações existentes em locais onde nem sempre faz sol, melhorando o seu rendimento e reduzindo a necessidade de recorrer a sistemas de armazenamento de energia.
“Enquanto ao longo destes últimos anos as empresas e engenheiros andaram a melhorar a eficiência dos painéis solares e as capacidades de armazenamento nunca pensaram em como produzir energia com estes painéis em situações climatéricas adversas. Mas cientistas chineses conseguiram dar a volta a essa situação, produzindo energia a partir das gotas da chuva”, explica o Portal Energia.
Caso seja realidade a curto ou médio prazo, esta nova tecnologia vai revolucionar o mercado de painéis solares e fazer com que a chuva que cai nas placas possa gerar energia eléctrica. Ou seja, os novos painéis irão produzir energia com os raios solares ou em alternativa, com a chuva, em pleno Inverno.
Ao contrário da maioria das células solares já existentes no mercado, estes painéis têm são fabricadas apenas com uma única folha de grafeno. Na verdade, a água da chuva não é pura, uma vez que contém compostos como o amónio, cálcio e sódio, que se tornam em iões quando estão numa solução.
Quando esta água se deposita na camada de grafeno, ela cria aquilo a que é chamado de “pseudocondensador” (pontos de carga em desequilíbrio em que os electrões são enviados de um lado para o outro). “A carga em desequilíbrio é apenas uma diferença de potencial, o que significa que os investigadores podem utilizar o processo para capturar energia”, continua o portal.
O grande senão – para já – é que este painel possui apenas uma eficiência de 6,5% em boas condições solares, um valor muito reduzido quando comparado a outras tecnologias de painéis solares que rondam os 20% de eficiência. Mas, claro, a investigação ainda só agora se está a iniciar.
Foto: Alan Levine / Creative Commons