Cientistas confirmam que chita do Saara ainda não se extinguiu (com FOTO)



Um dos mais raros carnívoros do Planeta, a chita do Saara, deixou-se finalmente fotografar. As fotografias foram publicadas num estudo incluído na revista PLOS ONE e foram obtidas na Argélia.

Segundo o grupo de investigadores responsável pelo projecto, que pertencem ao Laboratório de Ecologia e Ambiente da Universidade de Béjaia, na Argélia, a chita foi “apanhada” por câmaras infravermelhos ligadas a sensores de movimento. O projecto, que inclui ainda membros da Wildlife Conservation Sociery e da Zoological Society de Londres, mostra que as chitas do Saara vivem em densidades incrivelmente baixas e precisam de vastas áreas para a sua conservação.

Os cientistas acreditam que não haverá mais de 250 chitas em todo o deserto do Saara, pelo que lançaram um projecto de monitorização no Parque Cultural Ahaggar, que conseguiu fotografar um espécimen.

“É a primeira vez que conseguimos obter dados científicos sobre a chita – muito rara – do Saara. Até agora tínhamos de acreditar nas histórias que nos contavam e estimativas. Esperamos que este carnívoro importante não siga o caminho da extinção, tal como outras espécies do deserto argelino, como o antílope addax ou  gazela-dama”, revelou Farid Belbachir, líder do projecto.

As chitas encontram-se activas durante a noite, para evitar contacto com os humanos, e têm de cobrir uma área muito vasta para encontrarem as suas presas.

“Esta pesquisa permitiu-nos encontrar novas e importantes visões para o mundo deste grande gato do deserto. Espero que ela não só nos dê informações científicas valiosas sobre a ecologia da chita do Saara pela primeira vez, mas também nos lembre do valor que existe em estudar e proteger espécies do deserto e os seus ambientes, muitas vezes ignorados pelos programas de conservação”, concluiu Sarah Durant, da Zoological Society de Londres e outra das autoras do estudo.

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