Cientistas criam alimento a partir de celulose de plantas



Investigadores da Virginia Tech descobriram recentemente uma forma de converter a celulose não comestível das plantas em amilose, por via de um bioprocesso chamado “bio transformação enzimática e fermentação microbiana simultâneas”.

A celulose presente nas paredes celulares das plantas é extremamente difícil de processar pelo sistema digestivo humano. Mas este hidrato de carbono é um dos materiais orgânicos mais abundantes no mundo e, graças a uma nova pesquisa, poderá tornar-se numa potencial fonte de alimento para uma população mundial em crescimento.

A equipa de cientistas conseguiu com sucesso transformar a celulose em amilose, um amido linear resistente que é uma fonte de fibra alimentar e se tem revelado capaz de reduzir o risco de diabetes e obesidade.

Através do uso de enzimas em cascata, a equipa foi capaz de quebrar as ligações na estrutura química da celulosa e reconfigurá-las enquanto substância comestível. Aproveitando a celulose proveniente de palha de milho, a técnica pode converter 30% da massa em amilose e hidrolisar a restante em glicose que pode ser utilizada para produzir etanol.

Mas não se trata apenas de um novo método para criar alimento – a descoberta pode ser aplicada na criação de embalagens biodegradáveis, tal como no suporte de armazenamento de hidrogénio de alta densidade, adianta o Inhabitat.

O processo é amigo do ambiente, uma vez que não exige equipamento caro, calor, químicos tóxicos e não gera desperdícios. A tornar-se possível criar alimento a partir de qualquer planta, as grandes áreas de plantação, os fertilizantes ou a irrigação podem deixar de ser necessários.

Graças à ciência, os seres humanos estão realmente a começar a reescrever o menu.





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