Cientistas descobrem fóssil de planta cicadácea com 280 milhões de anos



Uma equipa de cientistas da Universidade do Vale do Taquari – Univates, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ambas no Brasil, e do Museu de História Natural Senckenberg, na Alemanha, descobriu um fóssil de uma planta cicadácea com 280 milhões de anos, o exemplar mais antigo registado da ordem Cycadales.

A espécie data ao período geológico Permiano e foi nomeada Iratinia australis, porque foi encontrada na Formação Irati, no Sul do Brasil. Inicialmente, quando foi encontrada em 1980, os paleontólogos descreveram-na como uma planta da espécie Lycopodium, que possui características externas semelhantes às cicas e que também era comum no antigo continente Gondwana. “Fomos com a intenção de estudar o fóssil e descobrimos uma coisa completamente diferente”, afirma um dos autores do estudo, André Jasper.

O fóssil identificado é um pequeno pedaço de madeira, com cerca de 12 centímetros de comprimento e 2,5 centímetros de diâmetro.

“Na área da paleobiologia, este fóssil é muito importante, porque permite indicar que todo o grupo de cicas surgiu antes do que se imaginava”, explica o investigador. Esta descoberta trás assim implicações filogenéticas, porque indica que as cicas viveram milhões de anos antes das datas referidas nos estudos.

“Este fóssil tem a capacidade de alterar a compreensão das relações evolutivas entre os organismos vegetais”, refere André Jasper. Surgem agora novas perguntas sobre a história da evolução destas plantas, nomeadamente, em relação à sua migração, à sua origem e à maneira como se difundiram por outros lugares.

O estudo foi publicado na ScienceDirect.





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