Cientistas descobrem fóssil único de tardígrado em âmbar com 16 milhões de anos



Os tardígrados são animais microscópicos encontrados em toda a biosfera e considerados dos mais resistentes no Planeta, porque além de conseguirem viver em condições extremas, já sobreviveram a cinco eventos de extinção em massa durante os seus 500 milhões de anos na Terra.

Apesar da sua resistência, o tardígrado não é um animal fácil de encontrar fossilizado. Até ao momento, apenas duas espécies do animal em fóssil tinham sido descobertas e nomeadas. Agora, uma equipa do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey e da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, descreveu um terceiro tardígrado fossilizado, um novo género e espécie nomeada Paradoryphoribius chronocaribbeus, que pertence à família Isohypsibioidea.

Trata-se de um fóssil único conservado em âmbar dominicano do Mioceno, com 16 milhões de anos, por ser o primeiro recuperado da era geológica do Cenozóico. Como explicam no relatório, o animal mede pouco mais de meio milímetro, tem oito patas e garras em forma de agulha, 20 vezes mais finas do que um fio de cabelo humano.

O pedaço de âmbar estava a ser analisado há meses no laboratório, por ter preservado três espécies de formigas. Só recentemente os cientistas deram conta da presença do tardígrado num dos cantos.

“A descoberta de um tardígrado fóssil é realmente um evento que ocorre uma vez numa geração”, afirma Phil Barden, autor do estudo e professor no Instituto de Tecnologia de Nova Jersey. “O que é tão notável é que os tardígrados são uma linhagem ancestral omnipresente que viu de tudo na Terra, desde a queda dos dinossauros até o surgimento da colonização terrestre de plantas. No entanto, eles são como uma linhagem fantasma para os paleontólogos com quase nenhum registo fóssil. Encontrar qualquer resíduo fóssil de tardígrado é um momento emocionante em que podemos ver empiricamente sua progressão ao longo da história da Terra”, garante.

Ft: NJIT / Harvard




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