Cientistas deveriam virar-se para as plantas na procura da vida extraterrestre



Em 1979, Stevie Wonder cantava sobre a vida secreta das plantas. Trinta e cinco anos depois, cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, dizem-nos para procurarmos nas plantas – e não em animais – a vida extraterrestre.

Segundo dois astrofísicos desta conceituada universidade norte-americana, deveríamos estar a procurar presença de clorofila, que é utilizada pelas plantas para converter luz em energia, noutros planetas.

Esta procura poderá ser desenvolvida por um futuro telescópio que está a ser trabalhado pela NASA para estudar exoplanetas habitáveis.

A teoria foi abordada no artigo “Prospecção para detectar oxigénio, água e clorofila na exo-Terra”, publicado esta semana. Escrito por Timothy Brandt e David Spiegel, o artigo diz que poderá ser possível detectar assinaturas de água, oxigénio e clorofila em qualquer planeta alienígena – e há cerca de cem milhões de mundos na nossa galáxia capazes de albergar vida, de acordo com uma previsão conservadora.

Segundo a NASA, é provável que encontremos vida noutros planetas dentro de vinte anos – e deverá ser fora do nosso sistema solar. O relatório avisa, assim, que detectar clorofila poderá ser um indicador – se não uma prova definitiva de vida -, mas também uma primeira abordagem de oxigénio e água.

“A água é uma molécula muito comum e acho que uma [próxima] missão deverá procurá-la”, explicou Brandt, que liderou o estudo.

A construção e lançamento de um telescópio que possa efectivar esta teoria deverá custar cerca de €8 mil milhões (R$ 25 mil milhões). Até lá, porém, muita tecnologia terá de evoluir para que tal equipamento possa ser fidedigno.

Foto: Marcelo César Augusto R / Creative Commons





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