Cientistas portugueses piscam o olho a agências espaciais com tecnologia inovadora



O Instituto de Telecomunicações (IT) da Universidade de Aveiro prepara-se para revolucionar o uso da internet no espaço. A investigação centra-se na criação de uma tecnologia que utiliza sensores electrónicos mais pequenos do que a palma da mão, que não necessitam de pilhas ou bateria, e que funcionam através da utilização de ondas de rádio, uma fonte de energia inesgotável e presente em qualquer ponto do Universo.

O projecto destes cientistas está a despertar a atenção das Agências Espaciais, já que uma das maiores vantagens destes sensores- com taxa de transmissão de dados de um gigabit por segundo- está no facto de o espaço ocupado pelas várias centenas de quilos de cabos de transmissão de dados ficar agora disponível para o transporte de outras cargas.

Ao comparar esta nova tecnologia com dispositivos que continuam a fazer uso de Bluetooth low energy, podemos observar que os consumos dos dispositivos mais antigos rondam os 10 miliwatts e têm taxas de transmissão de um megabit por segundo, o que o torna menos eficiente quando comparado com o sensor desenvolvido pelos investigadores do Instituto de Telecomunicações.

Nuno Borges de Carvalho, Ricardo Correia e Felisberto Pereira, responsáveis por esta inovadora tecnologia, estimam que 2020, serão necessários aproximadamente 30 biliões de baterias, realidade que representa elevados custos de energia e, também, ambientais. Estes sensores “autónomos”, que poderão ser programados para monitorizar quase tudo, ganham, por isso e neste contexto, uma relevância ainda maior.

Foto: via Creative Commons 





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