Cientistas procuram pistas para novos biocombustíveis nos dejectos do panda



O panda gigante Xing Hui e a sua amiga Hao Hao vivem no zoo privado Pairi Daiza, na Bélgica, e mastigam 30 quilos de bambu por dia. Ambos estão a ajudar cientistas da Universidade de Ghent, naquele país, a descobrir como podem os microorganismos no sistema digestivo do panda ajudar a decompor materiais biológicos mais duros.

“Podemos descobrir novos enzimas que possam ser utilizados para degradar biomassa mais dura. Também podemos perceber por que razão os pandas comem, apenas, algumas partes do bambu”, explicou Korneel Rabaey, professor de bioquímica e tecnologia microbiana da universidade.

Tecnicamente, os pandas são carnívoros. No entanto, nos últimos anos eles adaptaram a sua dieta para, quase exclusivamente, o bambu. A equipa de investigação, composta por cientistas belgas, chineses e italianos, espera que os dejectos do panda possam concentrar pistas para desenvolver uma segunda geração de biocombustíveis feitas de extractos de plantas.

O casal de pandas Hui e Hao está a ser tratado com bastante cuidado. O Governo chinês só deu permissão para a realização do estudo, aliás, quando os cientistas aceitaram recolher os dejectos de panda apenas quando eles deixassem a sua gruta. Segundo o Mental Floss, os resultados do estudo ainda estão bastante longe de serem apresentados.

Foto: George Lu / Creative Commons





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