Cientistas surpreendidos ao encontrar girafas anãs no Uganda e na Namíbia



Foi a 15 de dezembro de 2015 que uma equipa de cientistas da Giraffe Conservation Foundation descobriu uma girafa anã no Murchison Falls National Park, no Uganda. Com uma altura muito diferente das girafas normais, cerca de 2,7 metros, o encontro surpreendeu o grupo.

Três anos depois, a 10 de maio de 2018, foi encontrada outra girafa com a mesma condição numa quinta privada da Namíbia. Esta era ainda menor, tendo 2,4 metros de comprimento.

Além de habitarem em locais distintos, as duas girafas eram de espécies diferentes, a primeira era Giraffa camelopardalis camelopardalis e a segunda Giraffa camelopardalis angolensis.

Michael Butler Brown e Emma Wells publicaram recentemente um estudo realizado durante 2014 e 2019 aos dois animais, no qual concluíram que se tratava de uma ocorrência rara de uma síndrome semelhante à displasia esquelética. Este foi o primeiro registo de uma condição deste tipo em girafas.

Os pescoços dos animais eram longos, mas as suas pernas e o tronco eram disporporcionais. Ainda assim, ambas sobreviveram a uma parte da idade subadulta, que neste caso corresponde a idades entre os 1 e os 6 anos.

“Embora raramente observado em animais selvagens, os casos de displasia esquelética em animais cativos têm sido associados à endogamia e à falta de diversidade genética”, explicam no artigo.

© Brown, MB, Wells, E. Skeletal dysplasia-like syndromes in wild giraffe. BMC Res Notes 13, 569 (2020).

“A – Uma girafa macho subadulta típica no Parque Nacional de Murchison Falls, Uganda.

B – Um macho subadulto exibindo síndrome semelhante à displasia esquelética em Murchison Falls National Park, Uganda.

C – Um macho subadulto exibindo síndrome semelhante a displasia esquelética em uma fazenda particular na Namíbia”

 





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