Citi: renováveis e eficiência vão reduzir factura de energia do Planeta em €1,6 biliões
A mudança imediata para um sistema energético de baixo carbono pode levar à poupança de €1,6 biliões até 2040, de acordo com o banco de investimento Citi. No seu relatório Energy Darwinism II, o banco compara dois cenários: um em que nada muda e outro em que o Planeta investe fortemente nas renováveis e eficiência energética a curto prazo.
O total gasto em energia nos próximos 25 anos é “incrivelmente similar” nos dois cenários: o que implica uma acção custa €172 biliões em energia; contra os €173,6 biliões da inacção – tal diferença de 1,6 biliões.
No cenário mais verde [abre PDF], o gasto inicial em renováveis e na eficiência é pago, gradualmente, com o tempo. O Citi sugere ainda que o custo desta acção inicial seja de apenas 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto) global.
No entanto, mais dramáticas serão as consequências desta não-renovação do sistema energético. A perda cumulativa dos vários PIB para as alterações climáticas pode chegar aos €40 biliões em 2060.
“Não somos cientistas e não estamos a tentar tomar partido no debate do aquecimento global”, explica o Citi. “Mas estamos a tentar ter uma visão objectiva da discussão económica, perceber os custos e impactos da mitigação dos efeitos das emissões, para ver se existe uma solução que ofereça oportunidades globais sem penalizar o crescimento global, quer o possamos pagar ou não. E como o poderemos fazer”.
Depois, o relatório diz que essa solução “existe”. “Os custos acrescentados de seguir o caminho do baixo carbono são limitados e podem ser pagos. Ainda por mais, o retorno desse investimento é aceitável e provavelmente evitará consequências nefastas”.
Finalmente, o relatório diz que esta mudança imediata implicará uma alteração no mix de energia, sendo que 80% das reservas de carvão terão de permanecer inutilizadas, assim como metade das reservas de gás e um terço das de petróleo.
Foto: Håkan Dahlström / Creative Commons