“Código de barras” para bivalves e peixes dão garantia aos consumidores



As conchas das amêijoas, os ossos dos peixes ou os tecidos das algas têm assinaturas moleculares e geoquímicas que são únicas de cada indivíduo e que permitem conhecer a sua origem. Como este “código de barras” natural não pode ser falsificado, Ricardo Calado propõe que seja usado para certificar o seu local de captura ou de produção – o que funciona como uma garantia de qualidade para os consumidores.

Este é um dos muitos projetos que podem mudar as nossas vidas, liderados pela equipa de investigação de Ricardo Calado, instalada no Ecomare da Universidade de Aveiro. Outro dos desafios é a aquacultura sustentável: “Temos de procurar o zero desperdício, colocando à volta das jaulas de salmão, por exemplo, linhas com mexilhão e com algas, que irão filtrar nutrientes dissolvidos. É o princípio da economia circular”.

Sobre a pesca e a necessidade de mudanças radicais, o investigador também tem ideias muito concretas: “Se os gestores de pesca fossem engenheiros civis, eles estavam todos presos, porque os stocks colapsaram todos”, diz Ricardo Calado, acrescentando: “Os armadores têm interesse em continuar a pescar e muitos estão a mudar. Mas continuamos a ter muita pesca ilegal ou não regulamentada, especialmente nas águas internacionais”.

“Temos de rever a nossa forma de estar e de viver neste planeta, porque estamos muito próximos de um ponto de não retorno”, alerta o cientista neste podcast.

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