Coimbra: Provedor do ambiente pede mapa de ruído
O provedor do Ambiente e da Qualidade de Vida Urbana da cidade de Coimbra pediu ontem a elaboração de um mapa de ruído no município, segundo noticiou o jornal Público.
O mapa deverá delimitar as zonas sensíveis e mistas – em termos de produção sonora – impondo limites máximos ao ruído ambiente exterior produzido.
“É vital para o bem-estar e para a qualidade de vida na cidade. É um dos principais problemas que afecta [Coimbra]”, explicou o epidemioligista Salvador Massano Cardoso.
Entre as zonas sensíveis encontram-se aquelas vocacionadas para habitação, as escolas ou os hospitais. As mistas são os espaços de comércio e serviços.
Desde que começou a sua actividade, em 2004, a Provedoria do Ambiente já desenvolveu 1029 processos, dos quais 77 são enquadráveis na área do ruído.
A maioria destes processos estão relacionados com estabelecimentos de bebidas e restauração que não cumprem os horários de funcionamento.
Ainda segundo a entidade, a maioria das actividades passíveis de produzir incómodo são permanentes (cerca de 70%), sendo os seus efeitos sentidos no dia-a-dia pela população.
De acordo com Salvador Massano Cardoso, em causa está sobretudo o ruído continuado, que tem efeitos nefastos na saúde, segurança e bem-estar das pessoas. “Quem não descansa está mais sujeito a acidentes e diminui a sua produtividade laboral”, avança o responsável.
Em Abril, a provedoria conimbricense vai realizar um debate sobre o ruído, que contará com especialistas de várias áreas.