Coligação bloqueia mais de 11,6 milhões listagens online ligadas ao comércio ilegal de animais



A Coalition to End Wildlife Trafficking Online foi fundada em 2018 no âmbito de uma parceria entre a World Wildlife Fund (WWF), a TRAFFIC e a International Fund for Animal Welfare (IFAW), tendo como principal missão acabar com o comércio ilegal online de vida selvagem, que engloba produtos provenientes de animais selvagens em risco de extinção e também os próprios animais – o denominado comércio de animais exóticos de estimação.

Atualmente, a Coligação conta com a ajuda de 47 empresas globais de tecnologia, que já permitiram bloquear ou remover mais de 11,6 milhões listagens online ligadas a este comércio nas suas plataformas. Eram vendidos produtos fabricados com partes do corpo de elefantes, tartarugas marinhas, rinocerontes e pangolins, mas também animais vivos, como tigres, primatas, répteis e pássaros.

De acordo com a associação, mais de 15 mil elefantes são mortos anualmente para produzir acessórios de marfim e, nos últimos 10 anos, foram caçados cerca de 1 milhão de pangolins devido às suas escamas, que têm utilidade na indústria da moda e na medicina tradicional chinesa.

Além desta mudança, a Coligação revela ainda outros avanços realizados nos últimos anos; o número de empresas parceiras duplicou, de 21 para 47, incluindo gigantes como o Facebook, a Google, o TikTok, o Ebay e a Microsoft. Tornou-se assim possível abranger áreas geográficas como a Europa, África, Ásia e a América, e chegar a 11 mil milhões de utilizadores em todo o mundo. A sensibilização para este tema e para a conservação das espécies em risco de vida também chegou a mais de mil milhões de pessoas nas redes sociais.

“Desde o lançamento do relatório de progresso da Coligação em 2020, há 18 meses atrás, as empresas da Coligação removeram mais 8,3 milhões de listagens proibidas de vida selvagem. Isso deve-se ao aumento da disponibilidade online da vida selvagem e à subsequente resposta das empresas para lidar com essa ameaça, incluindo sistemas aprimorados de detecção automatizada. No geral, é uma fração da vida selvagem proibida que está por aí, mas continuaremos a dimensionar nosso impacto ainda mais com esforços determinados de mais empresas em todo o mundo”, afirma Crawford Allan, especialista em tráfico e comércio de vida selvagem e senior director da TRAFFIC.





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