Com o encerramento das minas de carvão, cidade americana vira-se para venda de marijuana



Quando o estado do Colorado, nos Estados Unidos, legalizou a marijuana, em 2012, os líderes da cidade de Hotchkiss votaram por duas vezes a proibição da plantação e abertura de lojas de venda desta droga leve, também conhecida como cannabis. O argumento? Elas iriam a acabar com a tranquilidade e pacatez do local.

Mas nos últimos quatro anos a economia mudou. Uma das minas de carvão que empregava a maioria dos habitantes de Hotchkiss fechou e outra vai fechar nas próximas semanas. Estas duas notícias levaram a uma onda de despedimentos e preocupações económicas em cidades dependentes das minas de carvão, desde a Virgínia Ocidental até ao Wyoming. E cidades como Hotchkiss viraram-se para uma pergunta: e se legalizássemos a marijuana?

“Se pudéssemos legalizar a marijuana, agora, criaríamos empregos e taxávamos as receitas”, explicou Thomas Wills, administrador da cidade e empresário que gere uma loja de livros usados. “A baixa não vai tornar-se numa série de cruzes verdes, a piscar, com folhas de marijuana a dançar. Podemos fazer isto de forma pouco obstrutiva”.

Em Abril, Hotchkiss vai votar novamente a proibição de venda de marijuana. Caso ela seja levantada, as novas lojas, turistas e taxação das receitas serão bem-vindos. Com os impostos sobre as vendas de cannabis a chegarem aos €182 milhões no Colorado e Washington – e em crescimento –, e estados como a Califórnia a legalizarem a venda desta droga leve em breve, cidades como Hotchkiss vão querer ficar com parte do bolo financeiro deste boom.

“É uma discussão em evolução em muitas comunidades”, explicou ao New York Times o director-adjunto da Colorado Municipal League, Kevin Bommer, que monitoriza os debates locais sobre o tema. Seis cidades do Colorado vão votar a proibição de venda de marijuana em Abril, outras vão seguir-se nos meses seguintes.

Foto: Jeffrey Beall / Wikimedia Commons





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