Com uma reputação pouco simpática no mundo animal, abutres estão em risco elevado de extinção



Não há animal com pior reputação que o abutre. Vistos como sujos, aproveitadores, feios e traidores, eles podem ser admirados perto dos animais mortos ou em vias de morrer – de tal forma que a palavra “abutre” é utilizada para pessoas que se “alimentam”, de forma económica ou social, de outras.

No entanto, esta fama é injustificada. Os abutres são muito importantes no ecossistema, uma vez que ajudam a reduzir a proliferação de doenças, ao alimentarem-se dos animais mortos. Nas últimas décadas, porém, as populações de abutres – sobretudo em África e na Ásia – têm decaído fortemente. O abutre-indiano-de-dorso-branco, muito comum nos anos 80, viu a sua população decrescer 99,9% e encontra-se em vias de extinção.

Uma das razões para este declínio é o facto de os abutres precisarem de grandes áreas para pesquisar comida e, sobretudo, regiões calmas para fazer o seu ninho – o que está cada vez mais difícil de encontrar na natureza. Também precisam da abundância de presas, uma vez que é mais fácil caçar do que comer animais mortos. E tudo isto tem sido reduzido pela actividade humana.

“Em toda a África, as populações de abutres têm sofrido um colapso alarmante em número, nos últimos anos. Existem áreas em que algumas espécies foram reduzidas em 95%, enquanto na reserva de Maasai Mara, por exemplo, a população decaiu 62% nas últimas três décadas”, explica a PhysOrg, citado pelo Mother Nature Network.

Das 23 espécies de abutres que existem no Planeta, 16 estão em risco de extinção. Conheça-as aqui.

Foto: Adam Skalny / belgianchocolate / gailhampshire / Noel Reynolds / Drew Avery / Neil Strickland / John Haslam / Jean / John Haslam / Kitty Terwolbeck / Brian Gratwicke / T. Blanford / Tony Hisgett / Sumeet Moghe / tinyfroglet / Creative Commons

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