Como a China está a comprar a Europa (com LISTA)



Há uma semana, a Hutchinson Whampoa anunciou a compra da rede de telecomunicações móveis britânica O2, detida pela Telefónica, por €14 mil milhões de euros, um valor invulgar nos tempos que correm mas que é apenas um dos mais recentes negócios entre empresas chinesas – a Hutchinson é de Hong Kong – e europeias.

Poucas semanas antes, a China National Chemical Corporation (ChemChina) entrou também no capital da italiana Pirelli, num negócio que avalia a empresa em €700 e, mesmo em Portugal, as empresas chinesas já investiram €6,8 mil milhões nos últimos 15 anos.

Segundo o Quartz, há muito que o Governo chinês encoraja as empresas estatais a comprar multinacionais estrangeiras, uma forma de adquirir o seu conhecimento tecnológico e permitir um crescimento numa fase em que a economia interna arrefece. Por outro lado, a recessão económica europeia precisa do dinheiro chinês e, em muitos casos, as empresas são vendidas a preços muito simpáticos.

A queda recente do euro não fez mais do que tornar os negócios ainda mais atractivos para a China – só nos primeiros três meses de 2015, as empresas chinesas e de Hong Kong gastaram mais na Europa que em qualquer dos últimos 15 anos.

Todos os grandes negócios têm um país em comum, o Reino Unido. Entre 2000 e 2015, as empresas chinesas já investiram €86 mil milhões no país – quase metade do total investido na Europa. Segue-se a França, com €15,3 mil milhões, e a Itália, com €14,8 mil milhões.

Portugal encontra-se no 10ª lugar do ranking – note que estamos a falar da Europa e não da União Europeia – com os tais €6,8 mil milhões, logo a seguir à Alemanha que, estranhamente ou não, tem conseguido lidar com o apetite asiático.

Veja a lista completa dos investimentos chineses na Europa, em euros e de 2000 a 2015.

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Foto: Michiel Jelijs / Creative Commons

 





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