Como garantir a segurança alimentar no futuro
Para garantir que os nove mil milhões de pessoas que vão habitar a Terra em 2050 tenham acesso regular a alimentos seguros e saudáveis, é necessário perceber os factores que têm já hoje uma influência bastante expressiva na segurança alimentar global. O crescimento da população, as alterações climáticas e o preço dos alimentos são algumas das causas para a ter em atenção.
Em 2015 o Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia publicou o relatório Global Food Security 2030, que avalia as tendências globais actuais com o objectivo de orientar a política futura da UE neste tema. Ao examinar e concordar com os factores-chave de mudança na segurança alimentar, o relatório propõe uma visão que permita uma mudança positiva através de um pensamento mais focado em soluções.
O Protege o que é bom enumera assim os factores a ter em atenção na mudança positiva no sistema global de segurança alimentar ter lugar. São eles:
1- Demografia: Estimativa de crescimento da população em regiões geográficas específicas
2- Urbanização e crescimento económico: crescimento das cidades e consequente impacto no crescimento económico e na procura futura por alimentos;
3- Procura de alimentos e alterações na dieta: ex. tendência de crescimento da procura de lácteos; fornecimento sustentável de carne ou de alimentos básicos como trigo e arroz;
4- Pressão sobre os recursos naturais: disponibilidade de terra arável, disponibilidade de água, consumo de energia, utilização de colheitas alimentares para produção de biocombustíveis;
5. Alterações climáticas: alterações nos padrões climáticos podem afetar a oferta e a procura de alimentos. As condições climáticas podem tanto ter um impacto positivo como negativo;
6- Preços dos alimentos: Correlação entre custos elevados dos alimentos e pobreza e fome.
O estudo dá mais um passo nesta mudança positiva de conceitos para a alimentação mundial, ao afirmar que precisamos de avançar de uma abordagem de segurança alimentar para uma abordagem de sistema alimentar. Isto significa que os potenciais desafios alimentares futuros não devem ser entendidos como uma crise alimentar iminente, mas uma oportunidade para que empresas e governos possam fazer mais e melhor.
Foto: Unfold